Recuperação de Crédito: assessoria especializada busca reparação integral e independência do cliente credor
- Gabriel Santana
- 10 de set. de 2024
- 2 min de leitura

No cenário empresarial, a inadimplência é uma realidade que afeta diretamente o fluxo de caixa e compromete a saúde financeira das organizações. Quando um cliente não cumpre suas obrigações, a empresa credora inicia uma jornada de tentativas de recuperação do crédito. Segundo o Banco Mundial, em 2023, apenas 13% do crédito concedido no Brasil é recuperado. A média mundial está em 34%. Por sua vez, em levantamento do Serasa Experian, divulgado em abril deste ano (2024), apenas 18% dos créditos das empresas que enfrentam Recuperação Judicial são recuperados, números alarmantes.
Nesse cenário, segundo o Dr. Gabriel de Santana Ferraresso, sócio do DSFL Advogados, além do situações de contínua inadimplência, há ainda a recuperação insuficiente, decorrente da falta de conhecimento e estratégia de profissionais que atuam a frente dessa necessidade. "Muitas organizações não percebem que os valores em jogo podem ir além da simples atualização monetária do débito ou da incidência de juros e multas. Isso acontece devido a assessoria pouco qualificada com a qual se deparam. Em algumas situações, a empresa credora pode ter adquirido o direito a reparações financeiras mais amplas, decorrentes dos prejuízos suportados ao longo do processo de cobrança, mas empresas que atuam em massa e carecem de especialistas, atuam no automático. No fim das contas, as empresas credoras são prejudicadas", explica Ferraresso.
Para a especialista Dra. Ivana Leite, advogada responsável pelo departamento de recuperação de crédito judicial e extrajudicial do DSFL, "as empresas são levadas a acreditarem que, ao cobrar o valor em atraso com a devida correção e juros, estão se recuperando plenamente. No entanto, existem casos em que os prejuízos causados com a perda de oportunidades de negócios ou novos financiamentos para manter o fluxo de caixa podem gerar o direito à compensação financeira adicional", adverte.
Ainda segundo a especialista, trata-se de uma visão estratégica que muitos gestores ignoram, sobretudo por falta de um acompanhamento estratégico, que conheça a fundo mais do que a legislação, domine as nuances da jurisprudência e das práticas empresariais em tribunais.
"Um dos maiores equívocos que vejo no mercado é o uso de assessorias não especializadas na prática jurídica, tanto extrajudicial quanto judicial. Essas empresas acabam limitando as possibilidades de recuperação integral ao focarem exclusivamente no valor do débito. Uma assessoria jurídica qualificada não vai depender de que o cliente continue tendo inadimplência para existir. Ao contrário, pensa não apenas recuperar o montante devido, mas também garantir que o cliente explore todas as vias legais para minimizar os impactos do inadimplemento sobre seu negócio e, senão deixar de vivê-lo, ao menos mitiga-lo", explica Dra. Ivana.




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